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Amilóides, um agregado fibrilar anormal de proteínas, estão associadas a várias condições, incluindo a doença de Alzheimer.
Um conhecimento aprofundado dos mecanismos das amiloides, portanto, é fundamental para o desenvolvimento de estratégias clínicas e medicamentos contra tais doenças.
Agora, uma equipe de pesquisa do Japão observou a formação de amiloide em condições de microgravidade usando a Estação Espacial Internacional (ISS).
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Estudando a formação de amiloide no espaço
Evidências crescentes sugerem que os processos de formação de amiloide e a consequente morfologia das fibrilas podem ser afetados por vários fatores ambientais. Um desses fatores, a gravidade, causa perturbações de convecção nos microambientes que cercam as fibrilas amilóides em solução.
Devido a isso, é provável que afete os processos de montagem molecular necessários para estudar a proteína, explica um comunicado de imprensa do National Institutes of Natural Sciences.
Para testar essa possibilidade, uma equipe do Japão, envolvendo o Centro de Pesquisa Exploratória em Sistemas Vivos e Vida (ExCELLS), o Instituto de Ciência Molecular (IMS) e o Instituto Nacional de Ciências Fisiológicas (NIPS) dos Institutos Nacionais de Ciências Naturais, Universidade da Cidade de Nagoya (NCU) e a Japan Aerospace Exploration Agency (JAXA), caracterizaram a formação de amiloide em condições de microgravidade na ISS.
A ISS é o ambiente experimental ideal
Os cientistas compararam a formação de fibrilas de proteínas amiloides β (Aβ) relacionadas à doença de Alheimer na ISS com a da Terra. Eles descobriram que o processo de fibrilação Aβ desacelerou significativamente no ambiente de microgravidade. Não apenas isso, morfologias distintas de fibrilas Aβ também foram encontradas para se formar no ISS.
O projeto destaca a Estação Espacial Internacional como um ambiente experimental ideal - como também evidenciado por experimentos recentes com o 'quinto estado da matéria' a bordo da estação espacial - para investigar os mecanismos de formação de amilóide longe dos efeitos incontroláveis da gravidade na Terra.
As descobertas da equipe foram publicadas no jornal Natureza. No futuro, os pesquisadores pretendem continuar suas pesquisas para encontrar insights cruciais sobre a formação de amilóide patológica.